13/02/15

Huế



Inicialmente planeamos o nosso trajecto no regresso do Laos ao Vietname com um voo de Hanoi para Hué mas rapidamente percebemos que tal não ia ser possível pois o aeroporto encontrava-se em obras e inoperacional nessa altura. Assim, acabamos por voar para Da Nang, ficar uns dias em Hoi An e depois sim, ir a Hue antes de partirmos, novamente de Da Nang, para Saigão.

Optamos por alugar um carro com motorista no Hotel e depois de este nos levar aos templos de My Son, fizemos a curta viagem até Hué, pelo Hai Van pass, com direito a paragem para almoço.

Vista do Hai Van Pass

Resquícios de outra era
Vista do local onde almoçamos
Como a viagem é curta e queríamos aproveitar ao máximo o carro com condutor, nessa mesma tarde ainda chegamos a tempo de visitar um dos muitos mausoléus construídos para os vários Imperadores, na antiga capital Imperial da dinastia Nguyen, que dominou o Vietname do século XVII ao século XIX. 

Inicialmente esta dinastia controlava apenas o Sul do Vietname, ao passo que a dinastia Trinh controlava o Norte. Nós, Portugueses, fomos os primeiros ocidentais a chegar ao Vietname por mar e apoiamos o Sul (Nguyen) ao passo que os Holandeses que chegaram pouco depois, apoiaram o Norte (Trinh). A dinastia Nguyen viria mesmo a controlar todo o país, acabando também com o Reino Champa a sul, até que em meados do século XIX os Franceses e Espanhóis iniciaram uma guerra, inicialmente punitiva, mais tarde de conquista. Assim, cerca de uma década depois os Nguyen capitularam com a assinatura do Tratado de Saigão em 1862, sucedidos pelo Tratado de Hué e pelo Segundo Tratado de Saigão. O Vietname entrou então num período em que apesar de manter um "imperador", este não passava de um "fantoche" dos colonizadores franceses. Foi precisamente o mausoléu de um desses "imperadores", Khai Dinh, que reinou apenas 9 anos já no século XX.


Túmulo propriamente dito

Vista do Mausoléu




Bem "protegido"

Agora então nem se fala:p

Mausoléu







O bilhete para a visita dos vários mausoléus é relativamente barato e à data era possível visitar 3 mausoléus diferentes com um só bilhete. Infelizmente nós já só tivemos tempo para um. Seguia-se a cidade de Hué propriamente dita, banhada pelo rio Perfume e conhecida pela sua "Cidade Imperial", similar à "Cidade Proibida" de Pequim.

Padaria "a pedais"

Após uma noite bem dormida no Jade Hotel, um dos mais baratos da nossa viagem (básico mas limpo e bem localizado, staff simpático e inclui pequeno almoço simples mas saboroso), pretendíamos então perder o dia a explorar a "Cidade Imperial" e mais alguns pontos de interesse se sobrasse tempo, antes de regressarmos a Da Nang para apanhar o voo ao final do dia para Saigão.

O "único" senão foi de facto o estado do tempo: um tufão aproximava-se do centro do Vietname, com passagem prevista precisamente por Hué. Ainda assim, dirigimo-nos para a "Cidade Imperial" mas esta encontrava-se encerrada (devido à intempérie), para desilusão nossa e de mais meia dúzia de turistas corajosos que decidiram enfrentar a chuva e o vento. Decorridos alguns minutos, decidimos então regressar ao carro e no caminho (que havíamos percorrido minutos antes) haviam árvores de grande porte caídas e partidas, pessoas e motas caídas nos passeios e na estrada. Mal entramos no carro decidimos que se calhar estava na hora de alterarmos o nosso plano e regressar a Hoi An enquanto era possível. Assim fizemos (e desta vez fomos pelo túnel) e para nosso espanto, do outro lado do túnel o tempo estava muito mais calmo, apenas um chuva que nem era muito intensa.

Tentativa frustrada de visitar a Cidade Imperial. No regresso já não tiramos fotos... quando o perigo é iminente, foge-se!

Fica uma foto de um dos portões para a Cidade Imperial, num dia "normal", retirada da Wikipedia (autor(a): dalbera)



Como tínhamos o motorista pedimos então para nos levar às "Marble Mountains", próximas de Da Nang e também conhecidas como "Montanhas dos 5 elementos". Aqui encontramos templos maioritariamente budistas mas também hindus, alguns deles a céu aberto, outros em pequenas grutas e túneis.  No sopé, há múltiplas lojas e oficinas de esculturas típicas da região. No entanto, a extracção de pedra foi proibida, sendo assim importada de outras regiões do Vietname e da China.







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Por fim, regressamos a Hoi An onde almoçamos já tardiamente no nosso hotel. Aproveitamos para trocar de roupa (estavamos encharcados) antes de nos dirigirmos para o aeroporto de Da Nang, onde apanhamos o voo da VietJet para Saigão. Ficou assim, mais um motivo para regressar ao Vietname.





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