27/08/15

Bali: Canggu


A República da Indonésia é o maior arquipélago do mundo sendo composto por 17 580 ilhas no total, e a sua população ronda os 230 milhões de pessoas. É também a 18ª maior economia do mundo. A distribuição da população e da riqueza não é simétrica, havendo ilhas quase primitivas e outras ilhas bastante desenvolvidas e densamente povoadas. O país é também detentor do título do segundo maior nível de biodiversidade do mundo (perdendo apenas para o Brasil). A nível religioso a Indonésia é maioritariamente um país islâmico, sendo 3% da população Hindu e 2% da população Budista.

Desenhar um roteiro para esta zona do globo não é tarefa fácil pois, a possibilidade de escolhas é enorme! Duas variáveis que não devem ser subestimadas caso se pretenda ir para zonas menos exploradas são o clima e os meios de transporte a utilizar. Zonas como Komodo, Flores, Lombok, Sulawesi e Sumba já podem ser exploradas com algumas comodidades para turistas mas, sem estarem descaracterizadas pelo turismo de massas.

Após apanhar um barco, uma carrinha, e voando pela Air Asia de Kota Bharu para KL e de KL para Denpasar chegámos finalmente ao nosso destino: Bali, a mais turística e explorada ilha da Indonésia. Conhecida também pela "Ilha dos Deuses". A nossa chegada ao aeroporto de Bali foi bastante secante, pois ficámos cerca de três horas na fila da emigração. A noite já tinha caído quando finalmente conseguimos deixar Denpasar e seguir em direcção a Canggu.

Pelo caminho comprovávamos o que já havíamos lido em imensos relatos: Bali, já não era (desde há muito tempo) uma ilha paradisíaca e selvagem. No caminho para Canggu ficamos chocados com a quantidade de infra-estruturas destinadas somente para turistas desprovidas de qualquer carisma asiático. Seguimos viagem agradecendo a nossa escolha de ficarmos fora desta confusão.

Para quem está a ponderar viajar para esta ilha uma das primeiras decisões a tomar é em que zona de Bali se fica alojado. Isso vai depender obviamente do que se deseja fazer por lá. Contudo  à que ter em conta dois factores: o trânsito que é imenso e que existem também atracções "espalhadas" por todas a ilha.

Nós optámos por ficar alojados em vários pontos da ilha. A escolha do nosso primeiro destino deveu--se ao facto de ficar bastante próximo do Tanah Lot, e sobretudo por ser uma zona calma e relaxada de Bali destinada principalmente a surfistas. Para chegar a Canggu há que vir de carro ou de mota.

A vida em Canggu mostrou-se fácil. A "vila" é  composta por uma mão cheia de ruas. O dia começava inevitavelmente com a descida da rua em direcção à praia - "Echo Beach".

Rua que nos levava à Echo Beah


A praia estende-se por um areal imenso de areia escura onde se encontrava invariavelmente alguns turistas e locais a praticar surf. Contudo, não é uma boa praia para banhos visto que grande parte do tempo é proibido nadar.




Junto à praia existe vários restaurantes com esplanadas sobre o mar a preços bastante justos.  Existem alguns que alugam também cadeiras e puffs na praia. Ainda na Echo Beach existe um templo hindu que vale a pena ser visitado. Alugando uma mota é possível chegar rapidamente as outras praias nas redondezas como por exemplo Pererenan Beach, Selasih Beach, Seseh Beach entre outras.

Regras a seguir para entrar no templo


Também vale a pena descobrir os pequenos arrozais que existem um pouco por todo o lado principalmente ao entardecer porque as cores ficam simplesmente lindas.




Num dos dias fomos visitar um dos cartões de visita de Bali, o Pura Tanah Lot, um templo Hindu dedicado ao Deus do Mar. Grande parte da sua beleza advém do facto de este ter sido construído sobre uma rocha à beira-mar plantada. Na maré alta, as ondas inundam as pedras tornando impossível de atravessar. Na maré baixa, é possível atravessar para ver a base de rocha e a pequena nascente de água "santa" que existe numa pequena reentrância. Existe ainda um jardim bastante bonito e vários restaurantes no complexo do templo. O templo está localizado na aldeia Beraban e mais uma vez a forma de cá chegar é de carro ou de mota.

Infelizmente neste dia a máquina ficou esquecida em casa e os telemóveis sem bateria...por isso temos muitas poucas fotos da zona.




A zona onde ficamos instalados, apesar de calma dispõe de várias opções de alojamento incluindo hotéis boutique como o que acabamos por escolher. O impronunciável nome, Ngeluwungan Boutique Villa, esconde um pequeno paraíso de apenas 4 quartos. As condições dos quartos são boas, assim como as áreas comuns. Menos positivo é o serviço - o hotel é gerido por um casal de australianos que só lá está até às 18h e que se "esqueceu" da actividade "gratuita" a que supostamente tínhamos direito. Após essa hora, o hotel fica entregue a adolescentes que pouco entendem de inglês e que praticamente não cozinham, pelo que têm que encomendar a comida fora.



visita no quarto


Baci*


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