30/10/16

Trans-Mongoliano "low cost" - custo final


Acabados de chegar a Ulan-Bator na Mongólia e tendo já informações acerca dos preços dos bilhetes de comboio até Pequim, chegou a altura de fazer o balanço final do percurso trans-mongoliano, versão "low cost".

Partilhamos convosco uma tabela com os preços que pagamos por trajecto, bem como a respectiva classe. O bilhete "final" até Pequim ainda não decidimos qual vamos comprar mas vou utilizar como referência o da 2ª classe. Os preços apresentados são para duas pessoas e em todas as viagens que fizemos em segunda classe na Rússia escolhemos um lugar em baixo e outro em cima (as camas de cima são mais baratas na segunda classe, em terceira o preço é igual). 

De referir ainda que quantas mais paragens forem feitas, mais cara fica a viagem. No entanto, quando projectamos esta aventura fiz várias simulações e as diferenças de preço não eram por aí além a não ser quando comparadas com o bilhete directo de Moscovo a Irkutsk ou Ulan-Ude.

Sinceramente, até nós ficamos surpreendidos com o resultado final da tabela. Quando fizemos o orçamento para a viagem estávamos convictos que gastaríamos cerca de 500 euros por pessoa, viajando sempre em 2ª e 3ª classe, principalmente por causa dos 2 últimos bilhetes que em teoria deveriam ser comprados a agências locais. 

O primeiro, Ulan Ude - Ulan Bator, compramos na estação Yaroslavskaya em Moscovo por um preço bastante mais acessível. O segundo, Ulan Bator - Pequim, é um caso mais complicado. No Real Russia pedem um valor exorbitante, 227€ pela 2ª classe e 347€ pela 1ª classe, ao passo que as agências da Mongólia, pedem cerca de 170 USD pela 2ª classe e 250 USD pela 1ª classe. Na estação de Ulan Bator, os preços são bem mais simpáticos, 255000 tughrik (102,5€) pela segunda classe e 405000 (183€) pela primeira.

O único problema prende-se com a compra do bilhete na estação: estes apenas são vendidos a partir das 18h do dia anterior, 2h depois de o comboio partir de Ulan Ude. Esta é a explicação "oficial", pois como não estão ligados ao sistema electrónico russo só a partir dessa hora sabem se há efectivamente lugares livres ou não (o comboio é sempre russo ou chinês). Assim, o melhor que se pode fazer para tentar garantir bilhete é deixar no nome num papel que supostamente irá para uma lista de espera e os bilhetes serão depois distribuídos consoante a disponibilidade. O objectivo final de tudo isto, segundo vários relatos e até mesmo o proprietário da guesthouse onde nos encontramos, é no entanto "empurrar" os clientes estrangeiros para agências turísticas ou serem mesmo os próprios funcionários das bilheteiras a vender os ditos com um "acréscimo" de 30USD por pessoa. 

Posto isto, por ser época baixa esperamos conseguir pelo menos um bilhete em 2ª classe pois a expressão facial da funcionária quando lhe solicitamos o de 1ª classe foi bastante esclarecedora. Mas pode ser que a sorte esteja do nosso lado!

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